Derrotado sem máquina, Puccinelli cobra investimento do MDB para ser candidato

Derrotado sem máquina, Puccinelli cobra investimento do MDB para ser candidato

O ex-governador André Puccinelli (MDB) ainda não sabe se será candidato a prefeito em Campo Grande. Embora diga que é pré-candidato, Puccinelli agora condiciona a candidatura ao investimento do MDB para a campanha.


Nesta semana, Puccinelli declarou que só será candidato se o presidente do MDB, Baleia Rossi, garantir, no máximo até o final de maio, um recurso estipulado por ele para que concorra à Prefeitura de Campo Grande.


Puccinelli já considerou, há alguns meses, a possibilidade de recuar, caso o PSDB garantisse apoio a ele para o Senado Federal em 2026. Depois, garantiu à reportagem que não desistiria. Em novembro do ano passado, afirmou que nem questão financeira o impediria de concorrer. “Agora o assunto é meu”.


Já no mês passado, disse que a candidatura era irreversível. “Venho afirmando e reafirmando que sou pré-candidato a prefeito. Só algo superveniente me tiraria da disputa. Para mim, é irreversível”, afirmou.


Puccinelli aparece entre os primeiros colocados em pesquisas divulgadas até o momento, mas a candidatura ainda é questionada e muitos apostam que ele vai recuar.


Derrota sem máquina


Puccinelli dominou, por muitos anos, a política em Mato Grosso do Sul. Perdeu a primeira eleição em 1982, quando disputou a Prefeitura de Fátima do Sul. Depois, foi eleito deputado estadual, deputado federal. Em 1996, foi eleito prefeito da Capital, em disputa apertada com Zeca do PT.


Ficou na Prefeitura de Campo Grande por dois mandatos e não quis renunciar para enfrentar Zeca do PT no Governo do Estado. Aguardou o fim do mandato petista e venceu a eleição para o governo, onde também foi reeleito.


Curiosamente, quando disputou as eleições majoritárias que venceu, Puccinelli tinha apoio de alguma máquina, seja do Governo do Estado, ou da Prefeitura de Campo Grande, sempre comandadas pelo MDB.


Quando disputou, pela primeira vez, sem uma máquina, na última campanha para o Governo do Estado, acabou perdendo. Ele também era favorito nas pesquisas, mas viu Capitão Contar (PRTB) ultrapassá-lo na reta final, ajudado pelo pedido de voto de Jair Bolsonaro.