Polícia do RJ prende em SP acusados de negociar armas do furtadas do exército

21 metralhadoras sumiram do arsenal de um quartel, em setembro do ano passado, em Barueri, na Grande São Paulo; 19 foram recuperadas

Governo de SP Polícia do RJ prende em SP acusados de negociar armas do furtadas do exército Armas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri

Dois suspeitos de negociar as 21 armas furtadas do exército no ano passado foram presos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (11), em São Paulo.


Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram presos em um condomínio de alto padrão em Santana de Parnaíba, na região metropolitana da capital paulista.


De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a dupla ofereceu o armamento para o Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do tráfico do estado do Rio.


Depois de recuperar algumas das armas, em ação anterior, a polícia civil chegou até os dois negociadores após ter acesso a vídeos que circulam nas redes sociais e que indicariam que os dois estariam negociando o armamento para abastecer a disputa entre traficantes e milicianos na zona oeste da capital fluminense.


Nesta sexta-feira (12), os policiais cumprem nove mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Os alvos seriam pessoas ligadas aos dois presos.


As 21 metralhadoras sumiram do arsenal de um quartel, em setembro do ano passado, em Barueri, na Grande São Paulo. Dezenove metralhadoras haviam sido foram recuperadas, no Rio e em São Paulo. Duas ainda são procuradas.


Em fevereiro, o Exército concluiu a investigação sobre o furto. Quatro militares e quatro civis acusados pelo desaparecimento das armas foram indiciados por furto, peculato, receptação e extravio de armas.


O caso foi remetido ao Superior Tribunal Militar (STM), que determinou, em março, que os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa, permaneçam presos pelo envolvimento direto no roubo. A decisão foi uma resposta a um pedido da defesa dos militares, para que a prisão preventiva de ambos fosse revogada sob o argumento de que a demora do julgamento poderia trazer prejuízo à dupla.


Outros dois militares da corporação, sendo um tenente-coronel e um tenente, que também foram indiciados pela participação indireta no crime, respondem ao processo em liberdade.


Se forem considerados culpados, os militares poderão receber penas de até 50 anos de prisão e depois serem expulsos do Exército.


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