Sem patrocínio, atleta não consegue disputar campeonatos nacionais e internacionais
Sete vezes campeão paranaense, duas vezes Vice-Campeão Brasileiro, Tricampeão da Copa do Brasil. Mesmo com todos os títulos e os mais de 100 campeonatos disputados, John Lee da Silva, de 21 anos, corre o risco de sair da Seleção Brasileira de Taekwondo por falta de patrocínio.
O jovem atleta, natural de São José dos Pinhais, mora há 5 anos em Londrina, onde treina com a Seleção. Começou a lutar com 7 anos, mas treinava com o pai, o mestre José Nilson da Silva, desde os quatro. Aos nove já lutava pela Categoria Juvenil da Seleção Brasileira. E graças aos bons resultados, aos 16 foi convidado a entrar na seleção principal.
“Recebi o convite do técnico Fernando Madureira para treinar em Londrina e me mudei aos 16 anos. Foi um período bem difícil, porque eu não estava acostumado a fazer dois treinos por dia e de alto rendimento. E também foi difícil para me manter, já que a minha família não tinha condições de me ajudar”, conta o atleta.
Treinando há cinco anos pela seleção principal, John Lee competiu o Campeonato Mundial de Taekwondo, na Rússia no mês passado onde acabou quebrando a mão em uma luta e por isso pode perder a bolsa atleta por não conseguir a pontuação necessária para renovar o auxílio.
“A maioria dos atletas recebe apoio mensal para se manter na cidade e continuar treinando. Muitos desistem de lutar porque falta esse patrocínio. Sem isso não tem como participarmos dos campeonatos nacionais e internacionais. Meus pais apoiam, mas não tem condições de me ajudar financeiramente”, explica.
O atleta em busca do sonho olímpico tem a esperança de que no país do futebol alguém se preocupe com outros esportes.